“Em setembro, fizemos uma parceria com o Edgar Vovô, para usar a nossas instalações e estrutura para treinamento. No começo do ano, aumentamos o número de atletas para oito. Mas como somos uma universidade, não fazia sentido oferecer esses serviços e não gerar conhecimento, que é o nosso forte”, explica o professor Alexandre Cavallieri, coordenador do curso de fisioterapia.
AS ÁREAS DE ESTUDOS DO SKATE NA UNIVERSIDADE
Fisioterapia
O grupo trabalha com esportistas profissionais e busca entender quais são as principais lesões que acontecem em treinos e em competição. Além disso, será investigada a causa dessas lesões: são causadas por traumas (pancadas e tombos) ou sobrecarga física? Outra linha de pesquisa envolve a prevenção de lesões. Serão analisados tipos de treinamento que tem melhor resposta na prevenção dos problemas e qual o tipo de trabalho adequado para isso.
Preparação física
O preparo dos atletas também será avaliado. “O nosso objetivo é aumentar a performance do atleta. E hoje não existe nenhum estudo que diz qual tipo de trabalho faz isso”, fala Denis, lembrando que estão sendo analisados os níveis de força, resistência, agilidade e flexibilidade dos atletas durante as etapas de preparação e competição, comparando os níveis em cada uma das etapas.
Nutrição
Apesar da imagem pouco ligada à restrição de outros esportes, os skatistas da equipe patrocinada pela Metodista está recebendo avaliação nutricional, para definir o tipo de alimentação necessária para os atletas, levando em conta o gasto calórico do skate tratado como esporte, incluindo sessões de treinamento com e sem o skate. “Para isso, estamos avaliando o impacto no treino e controlando os índices do atleta com exames laboratoriais”, explica Denis.
Psicologia do esporte
Os atletas estão sendo submetidos a sessão com profissionais da área, para avaliar os índices de ansiedade pré-competição e durante os eventos, para tentar ajudar no alívio de pressão dos atletas. “Hoje, trabalhamos com sete profissionais e um amador. Com os profissionais, que já são atletas consolidados, inserir técnicas diferentes é mais complicado. Eles são um pouco reticentes”, admite Alexandre.
A iniciativa faz parte da Faculdade de Saúde da universidade e envolve apenas as áreas médicas. Na prática, o grupo de skatistas faz a preparação física e o trabalho de fisioterapia em áreas da universidade. Além disso, recebem acompanhamento nutricional e psicológico. Em troca, alunos acompanham esse trabalho e fazem testes com os atletas. Ao final do ano, serão produzidos ao menos 16 estudos acadêmicos sobre a modalidade.
“Quando apareceu o projeto, fomos procurar o que já tinha sido publicado de skate. Mas o máximo que achamos foram estudos de lesões em crianças que andam de skate. Nada sobre o esporte. Com isso, passamos a desenvolver temas de trabalhos de pesquisa, de trabalhos de conclusão de custos. Hoje, sabemos que até fevereiro de 2013, teremos entre 16 e 20 estudos publicados”, completa Alexandre.São quatro áreas principais escolhidas para os projetos: preparação física, fisioterapia, nutrição e psicologia.
“O que queremos é usar esses estudos para descobrir que tipo de intervenção ajuda o atleta do skate e qual o impacto disso nos treinamentos. Hoje, não temos parâmetros, já que não existe nada publicado”, explica o outro responsável na Metodista pelo grupo de skatistas, Denis Foschini, professor do curso de educação física.
Fonte: bol por Bruno Doro - Do UOL, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário