sexta-feira, 25 de maio de 2012

Yes, girls can skateboard


Seis skatistas, três produtores e uma road trip. Essa mistura foi o que deu origem ao documentário "Yes, girl can skateboard."

 Um vídeo com muito skate em uma viagem pelo interior de São Paulo, que busca reconhecimento para as skatistas em todas as modalidades e estilos.

A ideia surgiu a partir de um trabalho de faculdade de Mariara Freitas, produtora e editora do documentário. A principio, o trabalho que foi desenvolvido para a faculdade foi muito elogiado por um professor, e Mariara decidiu levar isso adiante.

Mariara amadureceu a ideia e se uniu com os cinegrafistas Samuel Alexandre e Vinícius Almeida, e ao time feminino de skatistas Bianca Antunes, Hellen Santos, Karina Rosa Lucena, Litta Luz, Rafaella Ignácio e Tamyris Marini.

Com a intensão de conseguir mais apoio para as diversas modalidades e estilos do skateboard feminino, o time foi montado com atletas de diferentes lugares, que mostram seu talento em cima do skate, seja no downhill, no street ou no freestyle, em um esporte que é tipicamente dominado pelos homens.

Seis skatistas, três produtores e uma road trip Foto:Facebook Yes Girls Can Skateboard
A produção teve apoio Mad Rats, New Skate e Sick Mind. As marcas viabilizaram a união do grupo para a viagem que resultou no documentário.

O time foi montado com atletas de diferentes lugaresFoto: Samuel Alexandre
 As gravacões tiveram como cenário as cidades do Vale do Paraíba- Guararema, Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba e São José dos Campos. As paisagens combinaram grandes manobras das meninas nas ladeiras, ruas e pistas das cidades do interior de São Paulo com a beleza da natureza.

Coversamos com Mariara Freitas, idealizadora e produtora do documentário "Yes, girl can skateboard". Confira abaixo a entrevista com Mariara:
espn.com/EXPN: Como surgiu a ideia de fazer um documentário sobre skate feminino?

Mariara: A ideia surgiu quando eu precisei repensar no tema de um trabalho da faculdade, que a princípio seria sobre vida de modelo. Eu estava falando com a Marcela, uma amiga que anda de skate, e sugeri à ela que fizéssemos umas imagens pra eu poder entregar na faculdade, pois eu já tinha visto alguns vídeos e achado bem bacana.

Quem são os cinegrafistas que trabalharam com você no projeto?

O Samuel eu conheci através da Hellen, que é uma das atletas e produtora executiva do vídeo. Precisávamos de um cinegrafista de última hora, e ele caiu do céu! Acabou que nos demos muito bem, ele pensa da mesma maneira que eu, e tornamos parceiros de trabalho.
Já o Vine (Vinícius Almeida) foi um salva-vidas (Rs). Ele é namorado da Hellen, foi nosso motorista, e não trabalha com vídeo. Mas demos uma GoPro na mão dele, e pedimos que ele fizesse umas imagens que acabaram ficando lindas!
Como o time feminino foi montado? Qual foi o processo de seleção das meninas e como chegou ao número de seis garotas?

Comecei com a Hellen, Tamyris e Bianca. A Hellen convidou a Rafaella, e as outras duas convidaram a Litta, por serem da mesma cidade (Taubaté - SP). A Karina foi uma indicação da Marcela que, infelizmente, não pode ir.

"Lancei os teasers na internet e recebi um  feedback bacana!" Mariara Freitas Foto:Samuel Alexandre




A viagem já fazia parte do projeto inicial?

Não! O projeto inicial foi bem básico, organizei tudo sozinha. Escrevi um roteiro, filmei cinco meninas e editei em quatro dias. Lancei os teasers na internet e recebi um feedback bacana! Aí a Hellen comentou a vontade dela de fazer uma viagem, então demos vida ao projeto.

"Espero que faça o skate feminino ser mais valorizado." Mariara FreitasFoto:Samuel Alexandre

Como vocês conseguiram o apoio das marcas, Mad Rats, New Skate e Sick Mind, e como elas ajudaram vocês a levar o projeto adiante?

Conseguimos na base do pedido mesmo (Rs). O Solon (Mad Rats), o Gabriel (New Skate) e o Rodrigo (Sick Mind) foram super receptivos. A Mad Rats entrou com os calçados, a New Skate com roupas, e a Sick Mind, além de roupas, entrou também com um shape.

O transporte, a alimentação e o aluguel de equipamentos foram bancados por nós da equipe e pelas atletas.
E agora que o vídeo está online, como você acredita que a respercursão do documentário ajudará o skate feminino? Qual você espera que seja o impacto do vídeo na sociedade do skate?

Espero que faça o skate feminino ser mais valorizado. A maioria das marcas não se importa muito em patrocinar meninas, mesmo não sendo mais um esporte exclusivamente masculino.

Recebemos muitas mensagens de meninas que resolveram começar a andar de skate depois de ver o vídeo, e é isso o que buscamos: incentivar a prática do skate!

Além disso, espero chamar a atenção pras condições precárias das pistas de skate. As prefeituras não investem na manutenção das mesmas e nem incentivam o esporte, mesmo tendo recursos disponíveis pra isso.

Yes girls can skateboardFoto: Samuel Alexandre
Skates de diferentes modalidades reunidosFoto:Facebook Yes Girls Can Skateboard
Equipe reunida durante um dos dias de gravação do Doc.Foto: Samuel Alexandre
Skatistas de diferentes modalidades se reuniram para produzir um documentário.Foto: Samuel Alexandre

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