Como todos sabem - ou pelo menos devem saber - neste final de semana aconteceu mais uma edição da Mega Rampa no Brasil. Depois de São Paulo sediar o evento por alguns anos consecutivos, desta vez o Rio de Janeiro foi o local escolhido.
Como de praxe, a Mega Rampa foi montada num sambódromo, cujo espaço é o mais adequado para montar a extensa rampa. Não tenho nenhuma consideração para fazer a respeito da competição, visto que é aquela mesma coisa de sempre: encenação, espetáculo, galera eufórica gritando o nome dos "atletas", mulher chata da Globo falando o quão "radical" é dar piruetas nas rampas, e Bob Burnquist campeão, como já era de se esperar.
Portanto, conforme já evidenciei outras vezes por aqui, a Mega Rampa é um evento feito para quem não anda de skate. Ótimo, isso ajuda a fomentar o mercado. No entanto, todo esse espetáculo favorece um seleto grupo de investidores, além de não representar o que o skate realmente é.
Não vejo essa minha consideração como uma crítica, pois toda prática que queira se consolidar, necessita desse tipo de ação. Graças ao Bob, Kuge, dentre outros caras, o skate brasileiro adquiriu visibilidade no mundo. Só quero chamar a atenção para o fato de que os skatistas, ou aspirantes a skatistas, precisam colocar os pés no chão (ou seria o "skate"?) e compreender que precisamos lutar muito mais para que a prática do skate adquira o respeito necessário para fora de uma pista de skate. Mas isso não só para uma modalidade, o big air, mas para todas, sobretudo para o street skate, a que mais detém praticantes.
"Saia da frente da TV e vai andar de skate"
"5 milhões para meia dúzia andar de skate. Quantos milhões para todos andarem?"
"Você anda de skate para saltar na mega rampa?"
"Espetáculo é legal, mas o simples do dia a dia é melhor"
"Quando acabar o espetáculo aonde você vai andar?"
E você, o que achou da Mega Rampa?
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VIA - skatecultura
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